O mito da dieta branca durante o clareamento dental é uma crença amplamente difundida, mas que carece de fundamentação científica sólida. Muitas pessoas acreditam que, ao realizar um tratamento de clareamento dental, é necessário seguir uma “dieta branca”, que consiste em consumir apenas alimentos de cor clara, como arroz, frango, batata e leite, para evitar que os dentes recém-clareados se manchem.
O clareamento dental funciona através de agentes clareadores, como o peróxido de hidrogênio, que penetram no esmalte e dentina, oxidando as moléculas responsáveis pelas manchas. O esmalte dos dentes não se torna mais suscetível a manchas após o clareamento do que era antes, embora possa haver uma sensibilidade temporária que leva alguns pacientes a acreditarem que os dentes estão mais vulneráveis.
Esse mito provavelmente surgiu da lógica de que alimentos e bebidas pigmentadas, como café, vinho tinto, molhos de tomate, beterraba e frutas escuras, poderiam escurecer os dentes durante o clareamento. Embora seja verdade que tais substâncias podem contribuir para a pigmentação dental, especialmente em pessoas com esmalte dental mais poroso ou que consomem esses alimentos com frequência, não há evidências científicas que comprovem que esses alimentos “manchem” permanentemente os dentes, eles apenas podem contribuir para uma pigmentação extrínseca que pode ser removida e que pode acontecer durante qualquer período a depender da frequência e não exclusivamente durante ou após o clareamento dental.
Em vez de uma dieta restritiva, o mais recomendado é manter uma boa higiene bucal, lembrando sempre de escovar os dentes após as refeições
Em resumo, a dieta branca não é uma exigência para o sucesso do clareamento dental, mas sim um mito sem evidências científicas que deve ser substituído por práticas de higiene adequadas e moderação no consumo de alimentos pigmentados em todas as fases da vida.